A inflamação do corpo é uma resposta natural e esperada do nosso organismo diante de agressões. "Quando muito intensa e aguda, temos características habituais como febre, dores, mal-estar, inapetência e indisposição”, explica o médico Gladistone Coghetto Junior, da equipe técnica do Kurotel.
“Quando em pequena quantidade e constante - como acontece no caso da obesidade, tabagismo, sedentarismo -, essa resposta inflamatória aparece de uma maneira peculiar: dificultando a absorção dos nutrientes da dieta, causando retenção de líquidos, resistência ao funcionamento da insulina e outros hormônios, sono de má qualidade, entre outros", completa o médico.
O que a inflamação pode causar no nosso corpo?
O Dr. Gladistone explica que a inflamação crônica pode ter uma variedade de efeitos prejudiciais no corpo, incluindo:
- Dano aos tecidos: Inflamação contínua pode levar a danos nos tecidos e órgãos afetados;
- Alterações no metabolismo: Pode causar desregulação do metabolismo ,contribuindo para condições como resistência à insulina e síndrome metabólica;
- Doenças crônicas: Está associada a diversas doenças crônicas, como diabetes tipo 2, doenças cardíacas, artrite e até alguns tipos de câncer;
- Alterações no sistema imunológico: A inflamação crônica pode enfraquecer o sistema imunológico, tornando o corpo mais suscetível a infecções e outras doenças.
Como saber se nosso corpo está inflamado?
Segundo o Dr. Gladistone Coghetto Junior, alguns sinais e sintomas que podem indicar inflamação crônica incluem:
- Sintomas inespecíficos: Como cansaço frequente, dificuldade de concentração e problemas de memória;
- Sono irregular: Dificuldade para dormir ou sono interrompido podem ser um sinal de inflamação;
- Dores persistentes: Dores articulares ou musculares que duram mais tempo do que o normal podem indicar inflamação;
- Mudanças na pele: Como vermelhidão ou inchaço nas áreas afetadas, embora isso seja mais comum em inflamação aguda.
Fatores que contribuem para o estado inflamatório em nosso corpo
A inflamação crônica de baixo grau pode ser desencadeada por vários fatores, de acordo com o Dr. Gladistone. Entre esses fatores estão:
- Hábitos alimentares inadequados: Dietas ricas em açúcares refinados, gorduras saturadas e trans, e pobres em nutrientes podem promover inflamação;
- Sedentarismo: A falta de atividade física regular pode contribuir para o desenvolvimento de inflamação crônica;
- Tabagismo: O fumo do tabaco introduz substâncias inflamatórias no corpo e prejudica a função imunológica;
- Obesidade: O excesso de gordura corporal, especialmente a gordura visceral, pode liberar mediadores inflamatórios;
- Exposições ambientais: A exposição a poluentes atmosféricos, substâncias químicas e gases nocivos pode contribuir para a inflamação;
- Estresse crônico: O estresse prolongado pode alterar a resposta inflamatória do corpo e piorar condições inflamatórias existentes.
Dicas para desinflamar o corpo
Para ajudar a reduzir a inflamação, o Dr. Gladistone Coghetto Junior sugere adotar as seguintes práticas:
- Hidratação adequada: Beba água suficiente para manter uma boa hidratação. A quantidade necessária varia de acordo com o peso, atividade física e condições ambientais;
- Sono de qualidade: Tente manter uma rotina de sono regular, com duração e profundidade adequadas;
- Alimentação balanceada: Inclua uma variedade de frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis na dieta. Evite alimentos processados e ricos em açúcares refinados e gorduras saturadas;
- Atividade física regular: Realize pelo menos 150 minutos de atividade física aeróbica moderada por semana, como caminhada, corrida, natação ou ciclismo;
- Cessação do tabagismo: Parede fumar e evite ambientes com fumaça de cigarro;
- Proteção solar: Use protetor solar para proteger a pele dos danos causados pelos raios UV, que podem contribuir para a inflamação e o envelhecimento precoce da pele;
- Gestão do estresse: Técnicas de gerenciamentodo estresse, como meditação, yoga e exercícios de respiração podem ajudar a reduzir a inflamação.
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Dr. Gladistone Coghetto Junior - Graduação pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC) em 2015. Pós-Graduação em Medicina Paliativa pela UNOESC em 2017. Pós-Graduação em Medicina de Urgência Associação Brasileira de Medicina de Urgência e Emergência em 2020. Pós-Graduação em Medicina Intensiva pelo Hospital Israelita Albert Einstein em 2021. Pós-Graduação em Nutrologia Clínica pela Afya Educação Médica em 2023 - CRM: 52111-RS